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CCC

Dia Internacional da Criança com Cancro

Celebra-se, a 15 de fevereiro, o dia Internacional da Criança com Cancro, instituído pela Childhood Cancer International em 2002. A celebração da data tem como desígnio sensibilizar e consciencializar a sociedade sobre esta doença, ajudar todas as crianças vítimas de cancro a conseguirem acesso a melhores tratamentos e medicamentos, bem como dar apoio às suas famílias e amigos.

O Cancro infantil deve ser visto como uma prioridade nacional e global de saúde infantil como tal é preciso lutar pelos direitos básicos de todas as crianças com cancro, nomeadamente:

- direito ao diagnóstico precoce e adequado;

- direito a aceder aos medicamentos essenciais, que salvam vidas;

- direito a tratamentos médicos adequados e de qualidade;

- direito ao tratamento sem dor e sofrimento.

 

Sabias que?

Todos os anos são diagnosticados em Portugal 350 novos casos de cancro em crianças. Os especialistas defendem que o diagnóstico precoce é fundamental, permitindo salvar 8 em cada 10 crianças. Portugal é o segundo país europeu, e o terceiro no mundo, com mais dadores de medula óssea por milhão de habitantes.

Dados avançados hoje pelo Centro de Oncologia dos Açores, Prof. Doutor José Conde, em articulação com a Secretaria Regional da Saúde e Desporto, revelam que, no universo dos tumores “do cancro pediátrico”, os mais relevantes no arquipélago são as leucemias (25%), os linfomas (21%), os tumores cerebrais (15%) e os carcinomas e melanomas (15%).

O cancro pediátrico abrange um universo populacional na faixa etária dos 0 aos 19 anos. Numa amostra temporal significativa (20 anos consecutivos de registo 1997/2016), releva-se as taxas de incidência e de mortalidade por 100.000 habitantes. Para apuramento dos indicadores relativos ao cancro pediátrico usa-se uma classificação internacional diferente da usada para a generalidade dos cancros. A classificação em uso pelo COA – Centro de Oncologia dos Açores, é a ICCC (International Childhood Cancer Classification).

A baixa incidência 17/100.000 e o n.º de casos/ano é muito idêntico nos dois sexos, ao contrário do que acontece nos adultos. Isto porque as crianças tiveram menos tempo de exposição aos fatores de risco. No sexo masculino a taxa é de 17,2 e no feminino de 16,8.

Quanto à mortalidade nos Açores, por cancro pediátrico, o número de óbitos apurados no período 1999/2018 (também numa amostra temporal de 20 anos) foi de 34 óbitos (2 por ano).

Revela-nos a clínica que as leucemias são mais mortíferas, seguidas dos tumores cerebrais e, depois, dos linfomas.

Para um e outro indicador a base de trabalho assentou, num e noutro caso, no mesmo universo populacional e amostra temporal de 20 anos.

 

Saiba mais em: COA